Sinopse: Nesta obra de 1992 é contada a história de Jonathan Harker, que vai para a Transilvânia fechar negócios com um homem misterioso, Conde Drácula. No castelo do Conde, nosso personagem se vê preso e assustado com os modos estranhos e monstruosos de seu anfitrião, tal cujo vai para Londres atrás da noiva de Jonathan, que ele pensa ser a reencarnação de seu antigo amor. Na cidade o homem revela sua verdadeira natureza, evento que atinge todos próximos a Mina (Noiva de Jonathan) e desencadeia uma série de acontecimentos misteriosos e macabros.
Resenha:
O filme do aclamado diretor, sucede seu reconhecido sucesso “The Godfather – III”; onde Francis já está famoso e decide então adaptar uma obra mundialmente conhecida e já adaptada para a sétima arte. Com uma proposta de realçar o tom gótico e vitoriano, e traçar um romance superior ao terror do livro e das adaptações anteriores como “Nosferatu” e “O Drácula” de 1931; algo que o longa atinge com sucesso, dando forte destaque ao clima gótico do castelo do conde e à ambientação vitoriana da Londres de 1893.
O filme conta com muitos efeitos especiais-práticos, sendo muito premiado por isso e pela maquiagem feita pela equipe, principalmente com o ator Gary Oldman, intérprete do vampiro em todas suas versões (Jovem, Idoso, Renovado e em sua forma Verdadeira). As sobreposições de quadros e brincadeiras com as sombras dos personagens são recursos repetitivamente utilizados ao longo do filme, porém mesmo assim, são usados com sucesso em todas as vezes. As jogadas de câmera e de enquadramento, características marcantes do diretor, são utilizadas com uma moderação pesada mas também com sucesso, ajudando muito no ritmo do filme e nas cenas de suspense e mistério.
Ao contrário do que é esperado de outros filmes sobre a obra, e o livro em si, o filme possui um roteiro muito voltado ao romance entre Drácula (Gary Oldman) e Mina (Winona Ryder), tendo um terror injetado quando necessário mas não muito constante após o segundo ato do filme que é tomado por mistério, mas voltando no terceiro ato misturado a ação e
suspense. No primeiro ato do filme é presente uma sensualidade obscura na personagem Lucy (Sadie Frost), melhor amiga e anfitriã de Mina, com seu desejo voltado a seus pretendentes eao próprio Draculea (Do Turco) mesmo sendo algo inconsciente e involuntário por parte dela. As atuações de Gary Oldman e Sadie Frost devem ser ressaltadas e aplaudidas com ambos mostrando uma caracterização e profundidade imensas, ainda mais por parte de Oldman que dá um show de interpretação; O resto do elenco se sai muito bem também, tendo somente atuações como a de Keanu Reeves (Jonathan Harker) e Winona Ryder, ambos abaixo do geral, com muita pouca expressão, entrega e algo importante que é a falta do sotaque britânico; E também um caso especial com Anthony Hopkins (Abraham Van Helsing), que faz um bom trabalho, portanto atua abaixo do esperado de um ator tão renomado e admirado.
Em um prospecto geral, o filme convence muito em seu romance e mistério/suspense, prendendo o espectador com o coração aflito em suas 2 horas e 7 minutos. Conta com atuações acima da média e efeitos especiais e caracterizações de ótima qualidade; o roteiro possui algumas lacunas e enrolações mas são todas toleráveis e passam batidas em meio ao show gótico apresentado. Não é conhecido como a mais fiel adaptação do livro, mas para aqueles que buscam um bom filme de época com um pouco de tudo, então o Drácula de Bram Stoker é o filme perfeito.