De: A louca pragmata.

Para: O romântico.

É com lágrima em meu rosto que venho lhe escrever, engoli mil soluços mas não tomei coragem de ir te ver, nunca chorei por tanto tempo e acredito eu que me causei uma desidratação, vim sobretudo me desculpar por exibir meu falso amor por você, gritei aos ventos que te amava, mas, dentro de mim, no fundo, imagino que não havia nada.

O seu coração emitia amor como o sol com a energia solar, mas, da minha parte, eu era lua me esquentando de você para apenas uma parte de mim na escuridão ficar. E agora que você está para ir, tenho medo de morrer congelada aqui. Acabei utilizando o seu amor como um canudo descartável, logo eu, que sou defensora do meio ambiente e acho isso algo tão errado.

Certas atitudes, querido, vem de pessoas que a gente menos espera, beijei seu primo irmão às margens do rio Itaquera, não sinto receio, mesmo sabendo que você não faria o mesmo. Ficarei sozinha com meu peso na consciência e o desprezo.

Nem se preocupe, sou uma mulher independente e aguento, mas, no seu caso, que é um capacho, tenho medo de um coração tão burro se perder pelas ruas de Londres… nem gosto de pensar… Agora vou me despedindo, se você pensar em voltar, não me procure, estarei ocupada bebendo vinho e tentando superar-te e não me responsabilizo pelas loucuras que irei aprontar.

Autora: Maira Dias. 2° Química B – IFC Brusque.