1 – Blasfêmias – 02 08 21
Estou em um limbo entre o que é racional e o que não é.
Me tornei mais crítico, as pessoas falam cada baboseira, ou eu que não estou mais aceitando as baboseiras da vida?
Tanta falácia, falácia, falácia!
Ao menos percebem o que falam?
As pessoas sentem prazer em serem más, em serem tristes.
É prazer ou inconsciência, ou o prazer da inconsciência?
Cegos por uma película de dor, como podem ver a alegria, a bondade, as verdades?
Desprezados pela vida ou por si mesmos?
De onde vêm tanto nojo, tanto desgosto?
São poucos que enxergam ou assim como todos os poucos são cegos?
Os desmembramentos das baboseiras levam a córregos de lodo que desaguam nos rios de nossas vidas, levados ao mar de nossa alma que se mistura com o oceano de nossas consciências.
O que você deseja acrescentar a este oceano?
O que o prazer da inconsciência acrescenta a você?
Quando você ouve a voz do prazer inconsciente sabe que o que deriva disso, lá no fundo, é falso.
Um prazer momentâneo. É carência que você tem? É carinho que você busca?
Percebes que ao receber, na verdade você tira?
Como que o que sai da sua boca afeta os outros?
Como você se sente?
Baboseiras, pare de falar baboseiras!
O poço não tem fim para quem finge que quer encontrar uma saída.
Não tem fim para quem se joga cada vez mais ao fundo achando está sendo ajudado.
Não tem fim para quem ao pedir ajuda, derruba o outro consigo.
Qual é a profundidade do seu poço?
Que a reflexão o tire de lá.