Não há tempestade nem ruína que aflinja um coração em paz,
Um coração que depois de muito tempo conseguiu se abrir,
Um coração que foi escancarado pelo amor e pela esperança,
Uma esperança de que por mais que esteja difícil, sabe que algo bom está por vir.

Paz é aquele áudio que te faz sorrir ao ouvir;
Paz é aquela lágrima que escorre sem você perceber;
Paz é olhar para o céu e enxergar algo além das nuvens;
Paz é perceber o extraordinário da vida no mais pequeno dos detalhes.

Paz é descansar o corpo e a alma no entorno de um simples abraço;
Um abraço que há muito tempo te espera;
Uma espera incansável, pois tinha certeza de que você voltaria.
E no seu tempo você voltou, abraçou, descansou e recomeçou.

Paz é saber que todos os dias há essa chance de recomeçar.
Que apesar do passado ou dos arrependimentos, há a oportunidade de fazer o novo acontecer,
Sabendo que o ontem ficou pra trás (nos trouxe ensinamentos) e o que importa é o agora.

Paz é poder se abrir com alguém e o seu mais íntimo defeito expor,
Sem ter medo dos julgamentos ou de ser abandonado.
É poder o seu coração escancarar,
E em troca receber o mais profundo dos abraços.

Paz, todos a querem, todos a merecem.
Paz é simplicidade de espírito,
É enxergar nas nuvens que escurecem
Um alívio, ímpeto, desejo único
Amar

Mas até isso o Homem complica,
Pois tem pressa em amar.
A verdadeira paz, se dedica
Em continuar e continuar.
Continuar buscando:
Novos mares, novos ventos.
Nas marés e contratempos
Um lugar para descansar

Pois a paz é aquilo que com o eterno se alinha.
Pois a paz é, apesar de tudo, se encontrar.