Da colecão: Tardes em Itajaí.

Nas ondas azuis

que calhavam lá.

Haviam crianças

a pular e a saltar.

Na areia fininha

que lá repousava.

A mente grudei,

e de lá não soltava.

As pegadas diversas

que o povo deixava.

Eram histórias comuns

Mas jamais contadas.

O sal marinho

que minha pele beijava.

Quebrantava minh’alma

quando a maré me abraçava.

E mesmo o céu nublado

que lá sombreava

Não repelia o bronze

de minha pele suada.

E então, meu único medo

era não ver mais o mar.

Escritor: Yuri Valente.