Um jardim, belíssimo em sua estatura, me presenteava com seus arredores em torno de meu palácio. Um misto de cores e sensações, implicações de uma profundidade que desconheço me moviam entre a relva do meu consciente, esperando a presença de um jovem rapaz com feições graciosas que estivesse disposto a caminhar pelo meu amor.

Labirinto estonteante se formou em minha frente. Meus pés descalços vão de encontro com a grama que guia-me pelo caminho do meu ser. Arbustos de estatura semelhante a minha encobrem a visão do que é real, buscando encontrar as sombras do meu interior, mas fantásticos show de luzes se dão em torno do certo e assim encontro a verdade por de trás do labirinto, a saída da minha floresta turquesa de ignorância.

De fora, me deparo com o jovem rapaz a sair de seu próprio mar de incertezas, banhado pelo verde de seu próprio labirinto turquesa. Caminhamos um ao encontro do outro e a um passo de nos fundirmos erguemos o braço direito, tocando o espelho magistral que separa as dimensões dos nossos seres. E aquele que a um instante fora um jovem rapaz, obtém a sua feição à semelhança de um deus e assim encontro a mim mesmo, diante do palácio espelhado acima de nós.

De, Uriel Nunes.